A Fetranspor bem que tentou segurar a investigação da Alerj contra a máfia dos ônibus.
"Convenceu" 6 deputados a retirarem o apoio à CPI, apesar da pressão de quase 9 mil pessoas.
Mas, em dezembro, a Justiça bateu o martelo e determinou o início das investigações!




Desde que o Meu Rio foi criado, em 2011, a mobilidade sempre foi uma de nossas prioridades. E, infelizmente, não há como falar em mobilidade sem falar em Fetranspor. De lá pra cá, conseguimos vitórias importantes, como a criação da CPI dos Ônibus na Câmara de Vereadores, a retomada da auditoria nos consórcios que administram as linhas no Rio e, agora, com a criação da CPI na Assembleia Legislativa

O Meu Rio e a Fetranspor sempres estiveram em lados opostos, por razões óbvias. Mas, afora não compactuar com a corrupção, não aceitamos dinheiro de governos, partidos, empresas públicas ou construtoras. Nosso compromisso é com os sonhos de milhares de cariocas que querem viver em uma cidade melhor. Somos financiados exclusivamente por pessoas que acreditam e participam dessa rede.
   
Mas para que a gente possa continuar esse trabalho, precisamos do seu apoio. Só assim nossa equipe vai poder continuar pressionando e fiscalizando os políticos da cidade, reagindo com urgência para defender o interesse e a participação dos cidadãos nas decisões públicas que afetam as nossas vidas.

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Ps: no próximo bloco, contamos um pouco mais da vitória da CPI da Fetranspor. Leia mais!

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ENTENDA

No dia 3 de julho, a Polícia Federal prendeu o empresário Jacob Barata Filho (filho do "rei do ônibus" no Rio), o presidente da Fetranspor, Lélis Teixeira, e outros membros da cúpula de transportes do estado. Eles são acusados de pagarem propina no valor de R$ 260 milhões a vários políticos fluminenses.

Com isso, os deputados de oposição finalmente conseguiram assinaturas suficientes para abrir uma CPI na Alerj e investigar a máfia dos ônibus no Rio. Mas, aos 45 do segundo tempo e numa manobra ilegal, seis deputados (Jânio Mendes, Luis Martins e Zaqueu Teixeira, do PDT, e Jorge Felippe Neto, Marcia Jeovani e Milton Rangel, do DEM) retiraram as assinaturas e impediram que a comissão fosse instalada.

Rapidamente, iniciamos uma campanha de pressão* em cima dos 6 deputados, pedindo para que voltassem atrás na decisão. Foram mais de 8.800 e-mails enviados e centenas de comentários nas páginas de facebook dos parlamentares. Naquele momento, a pressão dos ônibus falou mais alto e a causa parecia perdida.

Mas, no dia 4 de dezembro, após uma nova onda de delações premiadas e prisões, a máfia dos transportes no Rio sofreu mais um revés. O Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, que a retirada das seis assinaturas da CPI foi feita de maneira ilegal e determinou a instalação da comissão em até 48 horas. A ação foi protocolada pelo PSOL.

No dia 7 de dezembro, a resolução criando a CPI da Fetranspor foi publicada no Diário Oficial da Alerj. Uma vitória de todos nós que, há anos, lutamos para abrir a caixa preta dos ônibus no Rio. A máfia dos transportes está perdendo força, e precisamos comemorar.




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POR QUE O MEU RIO ENTROU NESSA?

Desde 2013 o Meu Rio acompanha o tema dos ônibus no Rio. Já nos mobilizamos pela CPI dos Ônibus e pela reabertura da Auditoria dos Ônibus, ambas emperradas pelas velhas raposas da política.

Acreditamos que a abertura da caixa-preta dos ônibus é fundamental para desmantelar um dos maiores esquemas de corrupção do Estado. Uma CPI na Alerj pode ajudar muito nas investigações, já que uma das principais funções dos deputados é justamente fiscalizar o uso do dinheiro público.